terça-feira, 28 de setembro de 2010

Romance social de 30

Olá a todos,
Então, no prosseguimento da nossa visita ao acervo pedido nos exames vestibulares chega a hora de falarmos sobre o romance de 1930, dentro do "realismo social".
Antes, porém, vejamos o que acontecia no Brasil e no mundo no início da década de 1930.

- Crise Mundial (crack da Bolsa de NY em 1929, queda dos preços do café);

- Produção agrícola sem mercado, ruína de fazendeiros e desemprego nas cidades;

- Brasil investe na industrialização.

Especificamente no Brasil, entre 1934 e 1937:

- 1934 – reivindicações operárias, greves, campanhas anti-fascistas;

- 1935 – Lei de Segurança Nacional – repressão movimentos sociais;

- "Fantasma do comunismo internacional"

- Aumenta autoritarismo – órgãos de repressão (recomendamos uma visita à Estaçao Pinacoteca, em São Paulo).

- 10 de novembro de 1937 – Início do Estado Novo por Golpe de Estado;

- Dissolução do Congresso Nacional;

- Polarização entre Fascismo e Comunismo.


É neste panorama que surge o que ficaria conhecido como "Realismo social de 1930":

- Literatura engajada;

- Jorge Amado, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos;

- Em geral: “Brasil rural, vivendo situações típicas de um país atrasado”, segundo o professor Álvaro Cardoso Gomes (USP).

Com uma grande quantidade de romances, o realismo social teve como temas centrais:
- Relações arcaicas de trabalho;

- A seca e o drama dos retirantes;

- O drama dos operários e o mundo as greves;

- A decadência das estruturas feudais;

- Os desmandos dos poderosos.

Neste enquadramento estão "Capitães da areia", de Jorge Amado (1937) e "Vidas secas", de Graciliano Ramos (1938).

Susana

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